Os satélites tornaram-se numa parte substancial e essencial das comunicações globais. Em 1960, foi lançado o primeiro satélite para TV, chamou-se Echo. Era basicamente um refletor, que reflectia os sinais de televisão que recebia de terra. Dois anos depois seguiu-se Telstar, que foi o primeiro dos chamados satélite de TV activos. Em vez de apenas refletir os sinais recebidos, convertia os sinais recebidos para evitar interferências entre os sinais de entrada e de saída.
O Telstar tinha uma velocidade rotacional diferente da velocidade de rotação da Terra, pelo que o seu posicionamento tinha de ser seguido com muita precisão, tanto na transmissão como na recepção. Em 1964, o problema de posicionamento foi resolvido, quando o primeiro satélite geoestacionário foi colocado em orbita, Syncom. Muitos outros se seguiram desde então. O mais conhecido é provavelmente Intelsat I, que foi lançado em 1965. Em 1969, os satélites tinham expandido a rede mundial de comunicações e televisão.
Em Dezembro de 1982, foi lançado o satélite Astra, o que gerou um novo interesse por parte do público em geral, uma vez possibilitava a recepção directa sem a necessidade de grandes e dispendiosos equipamentos de recepção. Com o Astra, tornou-se possível para as pessoas na Europa para receber transmissões de rádio e TV com um antena de pequenas dimensões.
A maior parte dos satélites actuais são geoestacionários. Isto significa que estão posicionados de modo a terem a mesma velocidade de rotação do globo terrestre, como resultado, o seu posicionamento em relação a um objecto na terra é aparentemente estático, estando exactamente na mesma posição no céu.
Todos os satélites geo-estacionários estão posicionados numa orbita a 36.000 Km da terra, sobre o equador, nesta posição as forças centrífugas e gravitacionais estão em equilíbrio, garantindo assim que o satélite fica na mesma posição relativa em relação ao globo terrestre e não sai de orbita ou cai na Terra.
A este espaço orbital que permite o equilibrio entre a força gravitacional e centrifuga denomina-se por "Cintura de Clarke(clarke belt), a sugestão da utilização deste espaço para posicionar satélites foi sugerido pela primeira vez, pelo escritor Britânico Arthur C. Clarke.
Um satélite geoestacionário parece estar parado, para um observador na Terra, porque ele gira sobre um ponto do equador com um período igual ao de rotação da Terra.
Por exemplo, um satélite colocado em órbita a uma altura de aproximadamente 36000 km sobre o equador. O raio da órbita, incluindo o raio médio da Terra, é 42000 km. Resultando em uma velocidade orbital de 10800 km / h e um período orbital dado por:
Os satélites em orbita não geoestacionária são satélites com uma altitude mais baixa do que os 36000 Km das orbitas geoestacionárias.
São utilizados sobretudo para observações meteorológicas e militares, navegação e vigilância.
A recepção dos sinais enviados de um satélite é feita por uma antena parabólica, este tipo de antenas concentra o sinal recebido num foco
Com a fonte de sinal a milhares de Km e um sinal muito reduzido, existe a necessidade de antenas especiais para captar um sinal de microondas. O comprimento de onda é o inverso da frequência, sendo assim, um sinal na frequência de satélite tem um comprimento de onda muito reduzido. Assim, a antena necessita de melhorar as condições do sinal para ser utilizado, desse modo, concentra o sinal num ponto único(foco) que concentra a reflete de uma superfície maior perpendicular ao plano da antena.
Existem dois tipos de antenas parabólicas.